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Varejo alimentar enfrenta desafios para preencher 350 mil vagas no Brasil

Setor que já foi porta de entrada para jovens no mercado formal precisa se reinventar para atrair novos profissionais 

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Apesar de concentrar milhares de oportunidades de trabalho, o varejo alimentar brasileiro vem enfrentando obstáculos crescentes para contratar. Atualmente, estima-se que haja cerca de 350 mil vagas abertas nesse segmento, mas preencher esses postos tem sido um desafio.

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O setor, que por muitos anos foi a principal porta de entrada para jovens no mercado formal, agora convive com uma mudança de comportamento dessa geração, que valoriza mais a flexibilidade e tende a preferir atividades informais, como serviços de entrega e trabalhos por aplicativo. Essa realidade tem afastado muitos candidatos, especialmente os mais jovens, que não se identificam com rotinas fixas e horários rígidos.

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Ainda assim, o varejo possui potencial para atrair diferentes perfis de trabalhadores. Para isso, o movimento depende de maior investimento em capacitação e na valorização da gestão de pessoas, de forma a reposicionar a imagem do setor como espaço de crescimento profissional e estabilidade.

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Benefícios existem, mas precisam ser comunicados

Um dos principais gargalos identificados por empresas do segmento está na forma como os benefícios são percebidos pelos candidatos. Muitos supermercados oferecem alimentação no local, assistência odontológica, seguro de vida, apoio psicológico e jurídico, além de práticas modernas como folga no aniversário e kit maternidade.

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Entretanto, esses diferenciais nem sempre recebem o destaque necessário nos processos seletivos. Para mudar esse cenário, redes têm apostado em feirões de empregabilidade e em estratégias mais ativas de recrutamento, aproximando candidatos e reforçando o valor de uma carreira estruturada dentro do setor.

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Tecnologia como aliada na contratação

Outro caminho encontrado pelo varejo tem sido a modernização dos processos de recrutamento. Plataformas como a Helppi, por exemplo, conectam empresas a trabalhadores autônomos nas áreas de varejo e bens de consumo. O sistema cruza dados de perfil, localização, capacitação e experiências práticas, facilitando a seleção dos profissionais mais compatíveis.

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Para os candidatos, a tecnologia oferece acesso a treinamentos online e liberdade para aceitar ou recusar oportunidades conforme sua disponibilidade, ampliando as possibilidades de conexão entre empresas e trabalhadores.

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Uma reinvenção em curso

O cenário atual exige que o varejo alimentar se reinvente, não apenas para preencher suas vagas, mas para se tornar uma opção de carreira mais atrativa e compatível com os valores da nova geração.

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Reconhecer as mudanças culturais, investir em qualificação contínua e adotar estratégias de comunicação mais eficazes são passos fundamentais para o setor se manter competitivo. Enquanto isso, a combinação entre tecnologia, flexibilidade e valorização dos profissionais pode ser a chave para conectar empresas e trabalhadores em um mercado de trabalho em plena transformação.