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Paraná reforça busca por investimentos produtivos, para ampliar emprego e renda

Fonte: Agência Estadual

O Paraná reforçou a busca de atração de investimentos, por meio de ações e missões comerciais. A postura mais proativa é necessária porque, em tempos de globalização, a disputa por investimentos está mais acirrada e, com a crise, as empresas estão mais cautelosas em investir. “O investimento tem um impacto muito positivo na economia local e na renda da população. É preciso profissionalização e velocidade em divulgar o Estado e atrair investidores”, afirma o presidente da Agência Paraná Desenvolvimento (APD), Adalberto Bueno Netto. “O que notamos é que o modelo do investidor procurar o Estado não existe mais. Com a globalização, um executivo de uma multinacional chega a receber, por ano, mil convites para instalação em determinado local. Se o Paraná não for proativo, ele não é identificado por potenciais investidores”, diz Bueno Netto. De acordo com ele, apesar dos efeitos da crise, o Paraná continua na rota das empresas na hora de investir. Em 2015, a APD realizou contato com 407 novas empresas, atendimento de outras 60 e computa 12 novos requerimentos de pedidos de enquadramento no programa de incentivos Paraná Competitivo, que somam, juntos, um investimento potencial de R$ 3,3 bilhões. Desde 2011, o programa já atraiu R$ 40,3 bilhões em projetos da iniciativa privada e de estatais, com 180 mil empregos diretos e indiretos. Em 2015 foram realizadas missões para Coreia do Sul, Japão, China, Estados Unidos e Rússia, que resultaram em acordos de cooperação, contatos e novas agendas de negociações. DESAFIADOR– De acordo com o presidente da APD, o trabalho na busca de investimentos precisa ser permanente. “Em todo mundo, 65 mil multinacionais investem em 10 mil projetos por ano. Elas levam, em média, nove meses para decidir onde investir. E a competição está cada vez mais acirrada, com cada vez mais agências e localidades se preparando para atrair investimentos”, diz. Para ele, o cenário de 2016 é desafiador porque há menos projetos e mais Estados na competição. O investimento estrangeiro direto no Brasil vem em queda desde 2011. Com o declínio da economia brasileira, muitos projetos vêm sendo direcionados para o México, principal concorrente nos investimentos na América Latina. INCENTIVOS - A concessão de incentivos é importante, na avaliação do presidente da APD, principalmente nas etapas finais de disputa por investimentos. “O que conta primeiro é o ambiente de negócios, mas o programa Paraná Competitivo pode fazer a diferença em relação aos demais Estados”, afirma ele. O fato de o Paraná ter se tornado a quarta maior economia do País conta pontos a favor. “O que essas empresas procuram é mercado. E o Paraná tanto em termos de consumo como de população equivale hoje a muitos países da Europa”, diz. BONS INDICADORES - Além de alcançar a posição de quarta economia do país, o Paraná é o segundo Estado mais competitivo do País pelo ranking da consultoria britânica Economist Intelligence Unit, divisão de análise do grupo The Economist. O Estado oferece uma combinação de fatores que interessa aos investidores. A boa infraestrutura, em especial a logística portuária, a mão de obra qualificada e produtiva e a presença de universidades e incubadoras são pontos que distinguem o Estado dos demais. “Um trabalhador da indústria de transformação no Paraná chega a ser até três vezes mais produtivo do que o restante do País”, diz Bueno Netto. O Paraná é visto, de acordo com o presidente da APD, como um dos melhores lugares para investir no Brasil e na América Latina, reflexo da criação de um “ecossistema” favorável à investimentos. “Estamos colhendo o que foi feito no primeiro mandato do governador Beto Richa”, afirma ele. Além do agronegócio, setores que demandam mão de obra qualificada de média e alta tecnologia estão investindo no Estado. MERCADOS POTENCIAIS - Um estudo da APD definiu seis setores prioritários para atração de investimentos nos próximos anos. A ideia é reforçar segmentos em que o Paraná já tem presença forte e também desenvolver mercados com potencial tecnológico, de geração de valor agregado e emprego. Os setores estratégicos são Tecnologia da Informação e Eletroeletrônico, Tecnologia da Agroindústria, Saúde e Beleza, Automotivo e Transporte, Areoespacial e Defesa, e Energia.