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Novo governo deve focar em reformas e recuperação da economia, diz Campagnolo

Fonte: Agência Fiep

Concluído o julgamento que confirmou o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Brasil deve virar a página e começar a discutir as medidas necessárias para recuperar a economia e pavimentar seu desenvolvimento em longo prazo. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que afirma que, a partir de agora, o presidente efetivado Michel Temer precisa mostrar força política para conduzir, junto com o Congresso Nacional, um processo de transformação do país que possibilite a retomada dos investimentos e da geração de empregos.

“Com um novo governo assumindo em definitivo, é preciso que sejam adotadas imediatamente medidas que permitam o início da retomada do crescimento econômico e a recuperação dos quase 12 milhões de empregos perdidos nos últimos anos”, afirma Campagnolo. Para ele, é fundamental que, entre outras medidas, o governo dê agilidade aos investimentos na área de infraestrutura e logística, por meio de concessões à inciativa privada, e também encontre mecanismos para reduzir a burocracia, especialmente para empresas exportadoras.

Mais do que isso, o presidente da Fiep considera que o momento é oportuno para que o Brasil busque soluções concretas para uma série de problemas estruturais que hoje comprometem seu desenvolvimento. “O governo e o Congresso Nacional, com a participação da sociedade, precisam colocar em pauta as reformas tão necessárias para o país, como a previdenciária, a trabalhista e a tributária, além da busca permanente pela redução da burocracia. São questões que precisam ser revistas para melhorar o ambiente de negócios no país, recuperar a confiança de investidores e possibilitar um crescimento sustentado em longo prazo”, afirma.

Campagnolo afirma ainda que o novo governo precisa colocar em prática um ajuste fiscal que não se restrinja à proposta de limitação do aumento dos gastos públicos. “É preciso promover uma completa reestruturação da administração pública, com uma discussão séria sobre o tamanho do Estado, a redução de desperdícios e privilégios e o aumento da eficiência na aplicação dos recursos”, explica. Além disso, o presidente da Fiep cobra que Temer se comprometa a realizar um governo de transição, voltado a fazer os ajustes necessários para o país e não voltado para o simples objetivo de buscar a reeleição em 2018. “Neste momento, precisamos de uma administração que encare com coragem as transformações de que o país precisa, e não de um governo que recue em determinadas questões por conta de interesses eleitoreiros”, declara.