Mulheres nas profissões: quebra de paradigmas discute atuação feminina em ramos de predominância masculina

Na noite de ontem (03) o Conselho Empresarial da Mulher Executiva da Acig - Ceme – realizou nas dependências da entidade uma mesa redonda com o tema Mulher nas profissões: quebra de paradigmas. A conversa fez parte das atividades relacionadas aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência de Gênero, mobilização que acontece em Guarapuava desde o dia 20 de novembro e vai até a próxima sexta-feira, dia 5.

Durante o evento, mulheres que atuam em ramos geralmente dominados pelos homens compartilharam suas experiências. Participaram da conversa uma eletricista, uma motorista de ônibus, uma mecânica e uma taxista.

“Meu avô era mecânico, meu pai era mecânico e eu sempre gostei. Comecei a trabalhar na oficina na parte de escritório, mas sempre estava observando como funcionavam as coisas. Sou formada em matemática, mas estou na mecânica porque amo o que faço”, revelou Mariane B. Abramoski, que já atua nesta área há 12 anos. Já Maria da Graça Piotto, taxista há quase duas décadas, começou a trabalhar no ramo por necessidade e hoje não se enxerga realizando outra atividade. “O que eu mais gosto no meu trabalho é que nunca tenho um dia igual ao outro, sempre é diferente. Já sofri preconceito várias vezes, mas finjo que não entendo e continuo realizando meu trabalho”, revelou.

O Ceme avaliou o desenvolvimento desta ação como muito positivo, pois as conselheiras puderam se identificar com as histórias das mulheres que participaram da Mesa Redonda. “Foi muito bom, percebemos que as mulheres não podem ficar reféns dos maridos ou da bebida. Cada uma pode conquistar seu lugar ao sol”, afirmou a Conselheira Vanderleia Bochenek.

Foto: Priscila Schran