Diploma continua sendo importante no mercado de trabalho, mas não é o único diferencial
Estudo mostra que empresas também procuram profissionais com competências práticas e vivivências de comportamento
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A mudança de mercado está transformando até os motivos das contratações. Hoje, alguém com um diploma não tem mais tanto peso decisivo como era antigamente. Para ganhar destaque na corrida pela admissão é necessário estar se aprimorando constantemente; parar de estudar não é mais uma escolha. Cresce o reconhecimento de que competências práticas, certificações específicas e soft skills são os verdadeiros diferenciais competitivos.
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Segundo um Relatório do Instituto de Educação da União Europeia, a meta era que 40% da população de 30 a 34 anos possuísse ensino superior até 2020, um indicativo da valorização da educação formal. No entanto, essa certificação deixou de ser um filtro determinante no mercado de trabalho atual. A posse de um diploma universitário, que por décadas foi vista como a principal porta de entrada para uma carreira estável e bem-remunerada, já não oferece a mesma garantia.
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Isso não diminui a importância de um diploma, mas fica óbvio que não é o suficiente. Ele ainda é um fator relevante, associado a maiores taxas de empregabilidade e melhores salários, contudo, a realidade que se impõe é a de que o mercado de trabalho não absorve toda a mão de obra qualificada formada anualmente, levando muitos graduados a atuarem em funções que não exigem o nível de sua formação.
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As habilidades essenciais para o trabalhador do futuro
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Diante dessa nova realidade, a pergunta que fica para quem está em busca de emprego é: em que devo me aprimorar? A resposta é multifacetada e combina competências técnicas (hard skills) com habilidades comportamentais (soft skills). Parar de estudar após a graduação tornou-se uma sentença de estagnação profissional.
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No campo das habilidades técnicas, a demanda é crescente por profissionais com domínio em:
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Análise de Dados: A capacidade de interpretar grandes volumes de dados (Big Data) para extrair insights e orientar decisões de negócio é altamente valorizada em praticamente todos os setores.
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Tecnologia e Inteligência Artificial: Conhecimentos em desenvolvimento de software, segurança cibernética e, mais recentemente, o manejo de ferramentas de inteligência artificial generativa, tornaram-se diferenciais importantes.
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Marketing Digital: Em um mundo conectado, competências em SEO, gestão de mídias sociais, tráfego pago e análise de métricas digitais são cruciais.
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Design de Experiência do Usuário: A preocupação em criar produtos e serviços digitais que sejam intuitivos e agradáveis para o cliente final impulsionou a busca por esses especialistas. Igualmente ou até mais importantes, as habilidades comportamentais são o que, muitas vezes, definem a escolha de um candidato em detrimento de outro. As mais procuradas incluem:
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Inteligência Emocional: Saber gerenciar as próprias emoções e compreender as dos outros é fundamental para trabalhar em equipe, lidar com pressão e liderar.
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Comunicação Efetiva: A habilidade de expressar ideias de forma clara, seja por escrito ou verbalmente, e de praticar a escuta ativa, é a base para a colaboração.
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Adaptabilidade e Flexibilidade: Em um mercado que muda em velocidade acelerada, profissionais que se adaptam rapidamente a novas tecnologias, processos e desafios são extremamente valorizados.
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Pensamento Crítico e Resolução de Problemas: A capacidade de analisar situações complexas, identificar problemas e propor soluções criativas e eficazes é uma das competências mais desejadas pelos empregadores.
A era em que o diploma era o ponto de chegada de uma jornada educacional e o início garantido de uma carreira ficou para trás. Hoje, ele é apenas uma das etapas de um processo de aprendizado contínuo e autônomo, no qual a proatividade para desenvolver novas habilidades é o verdadeiro motor da empregabilidade.
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As habilidades técnicas mais valorizadas são:
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- .Análise de dados
- .Tecnologia e inteligência artificial
- .Marketing digital
- .Design de experiência do usuário
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As empresas estão valorizando cada vez mais as competências práticas e comportamentais, o diploma continua importante, mas sozinho não garante colocação. O mercado busca quem nunca para de aprender.





