Dialogar é preciso: Acig reforça seu posicionamento sobre novas medidas restritivas
Entidade destaca importância de Comitê de Urgência ao Coronavírus para tomadas de decisões
Com o significativo aumento nos casos de Covid-19 em Guarapuava, um novo decreto foi anunciado para o município nesta semana. Neste caso, a Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig) reforça seu descontentamento com as novas medidas restritivas.
Desde o início da pandemia, a Associação tem buscado dialogar com o poder público, entidades de classe locais e estaduais, para acompanhar de perto as decisões que impactam diretamente o setor produtivo, buscando as melhores condições para a retomada do crescimento econômico de Guarapuava.
Representando a entidade, o vice-presidente da Acig, Claudinei Pereira, manifesta enorme preocupação com prejuízos de ordem social e econômica, advindas do último decreto da Prefeitura Municipal de Guarapuava, que determina o fechamento do comércio até 31 de maio, sendo autorizado apenas o atendimento via delivery.
“Nós precisamos dialogar. O comércio não é responsável por essa crise no sistema hospitalar de Guarapuava, a gente entende sim que existe uma preocupação gigante. Estamos passando por um problema de saúde muito grande, mas o comércio não é o culpado”, comenta.
De acordo com a diretoria da Acig, alternativas deveriam ser levadas em consideração, como o escalonamento do horário de funcionamento dos setores, buscando evitar medidas drásticas. “Muitas providências diferentes do fechamento podem ser tomadas. As empresas estão desesperadas, considerando todas as dificuldades financeiras que carregam desde 2020. Nós vamos ter um problema muito grande de desemprego nos próximos dias”, destaca o vice-presidente.
A Acig quer dialogar
Desde ofício nº 018/2021, encaminhado, no dia 1º de abril, ao excelentíssimo prefeito Celso Góes, a Acig requer participação nos mecanismos de tomada de decisão, fiscalização e atuação neste momento, pois representa mais de 900 empresas, dos mais diversos segmentos do comércio, prestação de serviços e indústria.
A entidade enfatiza a importância da criação do Comitê de Urgência ao Coronavírus, com objetivo de construir respostas coordenadas e articuladas para o enfrentamento da crise pandêmica. Além da Acig, o documento é assinado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Guarapuava), Câmara de Dirigentes Lojistas de Guarapuava (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Guarapuava), Sindicato do Comércio Varejista de Guarapuava, Sindicato das Indústrias de Madeira de Guarapuava (Sindusmadeira), Sindicato Rural de Guarapuava e Sociedade Rural de Guarapuava.
Reforçando este pedido, nesta segunda-feira (17), foi encaminhado um novo ofício, de nº 033/2021, solicitando uma reunião, com máxima urgência, para que mecanismos de enfrentamento sejam discutidos de forma conjunta, intersetorial, constituída por diferentes áreas com um único objetivo, o melhor para Guarapuava.
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