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Conselho da Mulher Executiva da Acig é parceiro do Seminário Regional sobre Aleitamento materno

  O evento faz parte da 20ª Semana Mundial do Aleitamento Materno     Nos dias 8 e 9 de agosto, no auditório da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná), acontece o 1º Seminário Regional sobre Aleitamento Materno.   O objetivo é sensibilizar estudantes, profissionais da área de saúde e lideranças das comunidades para atuação efetiva no incentivo e apoio ao aleitamento materno, além de contribuir para o aumento das taxas de aleitamento materno exclusivo, reduzindo o índice de morbidade e mortalidade infantil no município e região.   O Ceme da Acig (Conselho da Mulher Executiva) participa de forma ativa do seminário, fornecendo camisetas e material de divulgação. Foi procurado pela secretaria municipal de saúde, pois é um conselho formado por mulheres atuantes e preocupadas com assuntos relacionados a mulheres e mães guarapuavanas.   Segundo Maria Inês Guiné, presidente do Ceme, o aleitamento materno é uma questão que deve tocar a todos, independente do setor. “Nós, do Conselho da Mulher temos colaboradoras que são e serão mães, então, nosso trabalho já começa por aí, em nosso próprio dia-a-dia. Todos precisam estar cientes da importância que o leite da mãe tem nas mais diversas instâncias. Sabemos que o índice de nosso município não está bom, então precisamos unir forças para reverter este quadro.”    Cronograma do evento 08/08/2012 08:00 h Apresentação de trabalhos ( Oral e Pôster) 13:30 h Abertura Oficial do Evento 14:30 h Entendendo o passado- planejando o futuro: Comemorando 10 anos da Estratégia Global OMS/UNICEF para alimentação infantil e da criança pequena 15:45 h Intervalo / Cofee Break 16:15 h Integralidade na Assistência ao Processo de Aleitamento Materno   09/09/2012 08:30 h A Interdisciplinariedade e a Amamentação 09:45 h Intervalo / Cofee Break 10:15 h Por que e Para que Banco de Leite Humano 14:00 h Mesa Redonda – Aleitamento Materno Avanços e Desafios 16:30 h Encerramento   Mais sobre o assunto A redução da mortalidade infantil é ainda um grande desafio no País para os gestores, profissionais de saúde e para a sociedade como um todo. A taxa de mortalidade infantil é um importante indicador das condições de vida e do acesso e qualidade das ações e serviços de saúde. Significa o número de crianças mortas até um ano de idade para cada mil nascidas vivas.   No Brasil, na última década houve uma importante queda na mortalidade infantil embora  os índices atuais  são ainda elevados.   Houve uma estagnação da mortalidade neonatal, principal componente da mortalidade infantil desde a década de 90 e uma concentração nas regiões e populações mais pobres, refletindo as desigualdades sociais. Em sua maioria, estas mortes precoces podem ser consideradas evitáveis, determinadas pelo acesso em tempo oportuno a serviços de saúde resolutivos e qualificados.   O nascimento saudável, a promoção do crescimento, desenvolvimento e alimentação saudáveis com a manutenção do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade do bebê, com enfoque prioritário para a vigilância à saúde das crianças de maior risco e o cuidado às doenças prevalentes são ações que não podem deixar de ser realizadas.   A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das ações de prevenção de agravos e assistência são objetivos que, para além da redução da mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover qualidade de vida para a criança, ou seja, que esta possa crescer e desenvolver todo o seu potencial.   A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas.  Os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves conseqüências para indivíduos e comunidades. O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da mortalidade infantil.   Nos últimos 30 anos, as políticas nacionais de apoio ao aleitamento materno se basearam eminentemente na perspectiva hospitalar ou no apoio legal, mas houve pouco e incipiente estímulo para estabelecer essas ações no âmbito da Atenção Básica.    Da mesma forma, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição encerra uma lacuna de informação e amparo legal entre hábitos considerados inadequados até então, e corrobora para a concepção de novos padrões, aceitos atualmente. Apesar de todas as evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre outras formas de alimentar a criança pequena, e apesar dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado. Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas preveníveis (JONES et al., 2003).    Segundo a organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, em torno de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva. No Brasil, em 14 municípios da Grande São Paulo, a estimativa média de impacto da amamentação sobre o Coeficiente de Mortalidade Infantil foi de 9,3%, com variações entre os municípios de 3,6% a 13%. (ESCUDER; VENÂNCIO; PEREIRA, 2003)   A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000).   A amamentação previne mais mortes entre as crianças de menor nível socioeconômico. Enquanto para os bebês de mães com maior escolaridade o risco de morrerem no primeiro ano de vida era 3,5 vezes maior em crianças não amamentadas, quando comparadas com as amamentadas, para as crianças de mães com menor escolaridade, esse risco era 7,6 vezes maior (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000).   Mas, mesmo nos países mais desenvolvidos, o aleitamento materno previne mortes infantis. Nos Estados Unidos, por exemplo, calcula-se que o aleitamento materno poderia evitar, a cada ano,720 mortes de crianças menores de um ano. (CHEN; ROGAN, 2004)   Um estudo demonstrou que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de proteção contra mortes neonatais. (EDMOND et al., 2006)   A OMS (1995) preconiza o leite materno como alimento exclusivo de recém nascidos até que completem seis meses de idade, e ainda ressalta que, a cada ano, com a prática do aleitamento materno, um milhão e meio de mortes poderiam ser evitadas. São muitos os estudos que esclarecem as vantagens e a importância do aleitamento materno humano. Tais estudos oferecem aos especialistas condições que os levam a incentivar a população para que a alimentação do bebê seja exclusivamente baseada no leite materno até os seis meses de idade.   Apesar destas recomendações e independentemente da predisposição das mães para amamentarem, intercorrências podem se estabelecer no processo do aleitamento, e podem evoluir dificultando ou até mesmo impedindo a amamentação. O Objetivo deste projeto é justamente minimizar estas intercorrências atualizando e capacitando os estudantes e profissionais de saúde para o manejo adequado do aleitamento materno, e o favorecimento da amamentação exclusiva conforme precononizado visto que, nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. [gallery link="file" columns="4" ids="4398,4399"]