Confiança do empresário do comércio recua no Paraná
Após dois meses de crescimento, índice volta a reduzir e reflete cenário de cautela entre micro, pequenos e grandes negócios
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A confiança dos empresários do comércio no Paraná apresentou retração em agosto, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio PR, caiu de 99,3 pontos em julho para 95,1 pontos neste mês, uma redução de 4,2%.
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O resultado acompanha o movimento nacional, que também registrou queda. No Brasil, o ICEC recuou 3,1%, atingindo 102,9 pontos em agosto.
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Expectativas em queda
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O fator que mais impactou o resultado no Paraná foi o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), que reduziu 6,7%, chegando a 115,3 pontos. Apesar da baixa, o indicador segue em zona satisfatória, por estar acima dos 100 pontos.
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Já a avaliação das condições atuais (ICAEC) apresentou redução de 4,4%, alcançando 69,8 pontos, nível considerado insatisfatório. O Índice de Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) também registrou variação negativa, com queda de 1,1%, ficando em 100,3 pontos. Dentro desse grupo, o item mais fragilizado foi a intenção de contratação de funcionários, que teve recuo de 4,5%.
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De acordo com o coordenador de desenvolvimento empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, os dados refletem a percepção de um cenário mais desafiador.
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O ICEC mostra que os comerciantes analisam as condições como difíceis e projetam também expectativas menos otimistas. A conjuntura tem maior peso na retração mensal do índice, ao passo que a intenção de investir foi a que menos teve baixa, explica.
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Porte das empresas
Entre micro e pequenos negócios, a confiança diminuiu 4,2%, chegando a 95,1 pontos, patamar insatisfatório. Nesse grupo, as maiores reduções foram nas expectativas (-6,7%) e na avaliação das condições atuais (-4,3%).
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Já entre médias e grandes empresas, o índice ficou em 100,0 pontos, no limite da zona positiva. Ainda assim, o segmento registrou queda de 5,1% em relação a julho. A avaliação das condições atuais foi a mais impactada, com recuo de 8%.





