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Acig premia segundo colocado em concurso promovido pela Alac

No último sábado (29) a Alac- Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava – comemorou seu 13º ano de fundação. Para celebrar a data, a entidade realizou um concurso de Memórias Literárias com o tema “Guarapuava Memórias Vivas”. Puderam participar do concurso alunos do Ensino Médio das escolas públicas e privadas de Guarapuava. Os três primeiros colocados receberam certificados da Alac, medalhas e uma premiação em dinheiro. A Acig, por acreditar na importância que a cultura tem na formação de nossos jovens, apoiou o evento, oferecendo a premiação ao 2º colocado do concurso. E o prêmio foi para João Henrique Seefeldt Keche. Estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro, João é um exemplo de garra e perseverança para muitos jovens de sua idade. Confira na íntegra a redação de João Henrique, segunda colocada no Concurso “Guarapuava Memórias Vivas”, da Alac:

O SUSTO DO MEU AVÔ

Em uma tarde dessas, estávamos eu e minha mãe assistindo a um programa de TV que contava lendas e causos, Isto fez com que ela lembrasse de uma história que aconteceu com meu avô mais ou menos por volta da década de 70 e passou a me contar o ocorrido. Meu avô era eletricista e trabalhava em uma pequena usina localizada na Vila Jordão (Usina do Siscato), em Guarapuava (PR) onde hoje em dia funciona uma fábrica de pasta, chamada Boese. Certo dia ao chegar a hora de entregar o seu turno ao companheiro de trabalho que passava as noites na usina, uma das máquinas quebrou, então tiveram que consertá-la, o que levou várias horas. Já muito cansado, mas com o problema resolvido, meu avô despediu-se de seu amigo e colocando seu chapéu e sua capa (uma capa comprida que chegava até seus pés) começou sua caminhada, pois para chegar em casa precisava subir uma escadaria com dezenas de degraus. Chegando a essa escada começou a subir devagar, porém a cada degrau que subia ele ouvia um barulho como se alguém estivesse subindo atrás dele... Imediatamente, apertou o passo subindo quase que correndo os degraus, entretanto aqueles passos o acompanhavam!!! Meu avô parou e os passos pararam...Ele, incontinenti subiu o resto dos degraus apressadamente até o fim da escada e aquele barulho sempre acompanhando. Correu, correu, corou por mais alguns metros até chegar em sua casa, abriu a porta e entrou rapidamente, retirou seu chapéu e sua capa e pendurou-os em um prego atrás da porta. Seguiu imediatamente até o quarto onde minha avó dormia e disse: _”Mulher! Acho que temos uma asosmbração na usina” – Minha avó então respondeu: - “Você está louco homem? Onde já se viu, uma assombração!” Nesse momento, passou a relatar o que havia acontecido. Ela ouve estarrecida, sem saber se pode acreditar ou não. No dia seguinte, quando se preparava para voltar ao trabalho, meu avô, como de costume apanhou seu chapéu e sua capa e nesse momento pôs-se a rir sem parar. Minha avó, que estava na cozinha, preparando o café da manhã, veio até ele e perguntou outra vez: - “Você está ficando louco? Rindo aí sozinho? Viu assombração outra vez?” – Ao que o esposo respondeu: “Sim, vi sim! E ela dormiu atrás da porta!” - “O quê?!” – Disse minha vó. Então, ele lhe mostra a tal assombração!!! Era apenas um pedaço de ferro velho, que se prendeu na barra da capa enquanto consertavam a máquina. Quando subia os degraus da escada, o ferro batia atrás dele dando a impressão de que alguém o acompanhava. Essa é só uma das muitas histórias que meus avós contavam para minha mãe e que agora transmito a vocês!!!