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Paraná vai recolher ICMS de mais sete produtos

A partir de 1° de março, alimentos, bicicletas, brinquedos, material de limpeza, artefatos de uso doméstico, papelaria e instrumentos musicais passam a ser enquadrados no regime, que transfere para a indústria, de uma única vez, a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A inclusão de mais setores no sistema de substituição tributária no Paraná pode pesar no bolso do consumidor e ajudar a aumentar os índices de inflação nos próximos meses.  Segundo o contador, Marco Remes Nunes isto vai impactar diretamente na formação de preço e custo dos produtos já que o produtor primário deverá arcar antecipadamente com o imposto. “Desta forma, o preço final de venda do produto terá um reajuste. Aumentando o valor de venda a arrecadação sofrerá um aumento devido a este controle de antecipação do ICMS, aumentando assim o preço final do produto”, afirma. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços passa a ser pago pela indústria com base em uma estimativa de margem de lucro das empresas em todas as etapas da cadeia. Como a indústria concentra o pagamento, ela repassa o equivalente ao imposto para as outras empresas. Assim, ao produzir um item ou comprar de um terceiro, a pequena e microempresa acaba pagando o imposto cheio. Com isto, o custo do empresário aumenta, pois é pago um imposto sobre uma venda que ainda não foi feita ao consumidor, aumentando também o custo final do produto. “Os empresários deverão optar pela revisão dos seus custos, para manter um preço de venda equilibrado para que o consumidor não sofra um ''susto'' com o aumento nos preços”. O contador, ressalta que, caso o imposto interfira e eleve demais o custo os empresários provavelmente irão contrair empréstimos de capital de giro para manter as atividades na empresa, mas o ponto principal é que deverá ser feito novas projeções de vendas e gastos devido a modificação do recolhimento deste imposto.